Isso é exatamente o que a Inteligência Artificial falaria para convencer você leitor que está lendo um texto escrito por um humano.
Eu sou humana e já provei inúmeras vezes clicando apenas em imagens que parecem com uma ponte ou com semáforos.
Já provei a minha humanidade ao errar e persistir no erro esperando a mudança de alguém. Ou então humana o suficiente para me irritar com as escolhas de outro humano como se eu não tivesse mais nada para fazer. Humana para me arrepender das escolhas que tinha certeza que seriam as melhores. Humana para mudar os planos da vida e me sentir sozinha mesmo com pessoas a minha volta. Humana demais para perder dinheiro. Humana para procrastinar sabendo que a única pessoa afetada seria a própria que vos escreve. Apenas como humana sei dos prazeres de uma fofoca mesmo sabendo da culpa que se sente mas também da raiva sentida quando a fofoca sai pela metade. Humana o bastante para me sabotar criando obstáculos para perder oportunidades únicas.
A Inteligência Artificial até consegue descrever o que a palavra saudade significa num parágrafo cheio de palavras soltas que mais soa como alguém que nunca morou longe da família ou perdeu alguém na vida.
Como humana a minha saudade tem diversos rostos e posso identificá-los não importa quanto o tempo passe.
E não que como humana desejo que o tempo passe assim tão rápido pois dessa fase já passei. Olho para trás e lembro de quando queria ser adulta por motivos que parecem vagos. Recentemente parei de falar que gostaria que fosse sexta-feira se agora é quarta porque é como acelerar a minha própria morte.
Talvez a Inteligência Artificial possa fornecer informações sobre o que é a morte mas não consegue entender o sentimento de quando vemos nossos pais envelhecendo ano após ano.
